sexta-feira, 1 de abril de 2011

ALGUÉM TEM QUE CEDER



Qual o seu ritual matutino? O que você faz quando sai para trabalhar?


Essas perguntas permanecerão na sua cabeça enquanto você destrincha esse texto escrito as duras penas com a simplicidade que a falta de estudos me proporcionaram. Mas com a cabeça cheia de idéias e o coração coberto de incertezas vou teclando sem parar.
O que me espanta dia após dia, é onde está chegando a rivalidade imposta pelas diretorias de São Paulo e Corinthians, e não me venham dizer que esse ou aquele começou!

Não importa quem foi o responsável por inflamar ainda mais o barril de pólvora que é o futebol brasileiro.
Mau administrado por homens sedentos de cobiça e conquistas pessoais, homens de moral e caráter duvidosos que mentem demasiadamente em busca do bem mais precioso do capitalismo barato, o dinheiro.

Se observarmos, em toda a história do futebol brasileiro, nunca estivemos diante de um dilema tão agravante. O que fazer? Simples, admitirmos que estamos perdendo a guerra para eles.

O motor impulsionador das tradições e conquistas do futebol brasileiro foi a tendência para o ataque e a alegria. Meninos que ousavam chutar uma bola de meia, não ousam mais.

O dinheiro tornou-se o alimento de desejo dos atuais administradores. Por ele mentem, ousam desafiar a paixão daqueles que matariam ou morreriam em nome de uma bandeira.

Defendem a causa da autopromoção e apóiam sem medo. Não uma agremiação, mas sim uma torcida organizada.

Através deles os racionais transformaram a televisão no elo mais próximo com um clube de futebol. Uma pessoa comum que trabalha, tem filhos e tem medo, não tem mais coragem de ir ao estádio assistir a um clássico. Isto é um fato.
Através deles o domínio dos outros passa a ser necessário, para que a sobrevivência da rivalidade seja mantida. Rivais sim, inimigos não!
Os homens nem sempre são tão razoáveis, não só para a explicação da dinâmica esportiva, mas também para o aprofundamento da questão da existência do bem e o mal dentro de cada um. Deixe o bem falar mais alto, e deixem essa “rivalidade de gabinete” do lado de fora do coração.


Culpar o adversário pela nossa incapacidade ficou mais fácil do que admitir nossos defeitos. O ser humano é maior que isso! Ou você bateria no seu vizinho porque ele trabalha em outra empresa, ou surraria seu amigo por ele estudar em outra escola?


Perdão aos meus amigos, irmãos, primos, conhecidos que torcem pelo Corinthians, se por algum motivo eu os magoei com brincadeiras que extrapolaram os limites da razão.

Como diria aquele apresentador, o futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes.


A grandeza do São Paulo depende do Corinthians e vice-versa.

Os homens passarão e a entidade permanecerá no mesmo lugar.
Alguém precisa dar o primeiro passo. E não importa quem!