segunda-feira, 30 de julho de 2012

MUITA CALMA NESSA HORA


A Atual campeã da do Mundo e da Europa, deu vexame no torneio de futebol masculino de Londres. Foi derrotada por Japão e Honduras, e agora a Fúria está eliminada.

Na quarta-feira, os espanhóis entrarão em campo contra o Marrocos.

O elenco espanhol reclamou bastante da arbitragem e da falta de sorte também.

“Eu nunca tinha passado pelo que ocorreu no jogo contra Honduras, nós finalizamos 24 vezes e não conseguimos marcar um gol. É incrível, não fizemos nenhum gol nos dois jogos. É uma competição que não perdoa os erros”, lamentou Javi Martínez.

A eliminação precoce da “fúria” levanta uma questão muito importante. Afinal os “analistas” de futebol tinham afirmado que o futebol apresentado pela Espanha era quase perfeito, a ponto de compará-lo a seleção brasileira de 1970.

E não me venham agora com a desculpa de que era a seleção olímpica e coisa e tal. Pois, uma das maiores lendas, era de que todas as categorias de base da Espanha jogavam da mesma forma.

E com o agravante de que três jogadores acima de 23 anos estavam no elenco destacado abaixo, eram peças fundamentais no atual elenco espanhol.

Espanha em Londres: De Gea; Azpilicueta, Javi Martínez, Domínguez, Jordi Alba; Oriol Romeu; Mata, Herrera, Isco; Muniain e Rodrigo.

Foram feitas análises e mais análises do quanto a base de formação dos craques espanhóis fariam a diferença no futebol mundial.

Reconheço que a eliminação da fúria foi casual e não pontual.

Mas temos de ter mais cuidado com nossas análises endeusadas, ou corremos o risco de criar um monstro que verdadeiramente não existe!

E você o que achou da eliminação da Espanha?

sábado, 28 de julho de 2012

RIO 2016 É LOGO ALI!



A frase que intitulou meu post é para deixar qualquer um preocupado.

A festa em Londres começou pra valer. E se pensarmos bem, falta muito pouco tempo para começar a preparação para o Rio 2016.

Mas a galera vai começar a se apoiar nos êxitos e conquistas dos astros do esporte brasileiro em Londres...

E tudo vai ficar para a última hora.

Obras emergenciais, e o dinheiro do contribuinte a disposição para evitar um vexame mundial.

O medo aumenta, e algo me diz que irão inventar de fazer um "outro" estádio olímpico no Rio. E que poderá ser administrado pelo Flamengo.

Essa história eu já vi ocorrer em São Paulo. Ou não?

Mas o que nos resta agora é torcer pelo sucesso dos atletas brasileiros em Londres.

E não esquecer que falta muito pouco tempo para fazermos uma festa a altura da nossa história.

E orarmos para que o povo cobre quem vai administrar tanto dinheiro.

Que os deuses do esporte nos ajudem em Londres.

E que Deus nos proteja dos que vão fazer a festa aqui!

Já imaginaram Michel Teló na abertura....

É brincadeira gente...

Cada país tem o beatle que merece!

THIAGO DE PRATA

Fonte: Terra

Depois de tanta luta e expectativa, Thiago Pereira acaba de conquistar a medalha de prata na prova dos 400 medley, com um espetacular tempo de 4m08s86.

A prova foi dominada pelo americano Ryan Lochte (com o tempo de 4m05s18), que venceu mas não bateu o recorde mundial.

A grande decepção foi o americano Michael Phelps que terminou a prova em quarto.

O bronze foi do jovem fenômeno japonês Kosuke Hagino com um tempo de 4m08s94..

Anos de expectativas e promessas foram "literalmente afundados" nas piscinas de Londres.

É a primeira final olímpica que deixa Phelps sem medalhas desde Sidney 2000.

Parabéns Thiago!



* Corrigido

SARAH É DA NOSSA TERRA

No primeiro dia pra valer em Londres 2012, o Brasil começou bem em sua cruzada esportiva.

Boas atuações e duas medalhas para o Brasil (não o COB!). Porque agora o que não vai faltar é papagaio de pirata, se bem que ontem a Dilma colocou alguns para correr.

E como quase sempre o Judô coloca o Brasil para a melhores colocações! É o esporte que mais deu medalhas ao Brasil.

Foto:Bruno Santos/Terra

Primeiro foi a vez de  Felipe Kitadai, peso ligeiro (até 60kg), surpreender com uma raça e técnica invejáveis, conquistar a medalha de bronze. Logo no dia do seu aniversário.

Que presente! Foi a primeira medalha do Brasil em Londres.

Depois foi aguardar e esperar a decisão do ouro na categoria ligeiro (49 kg) feminino.

Foto: AFP

A piauiense Sarah Menezes, de apenas 22 anos, conquistou o tão sonhado ouro no judô feminino e fez história.

Na final ela ganhou da atual (ex) campeã olímpica, e tornou-se na primeira mulher campeã olímpica do judô brasileiro.

Detalhe, Sarah é o primeiro ouro do judô desde que Rogério Sampaio subiu ao lugar mais alto do pódio em Barcelona 1992.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

PARALELOS OLÍMPICOS


A nostalgia do discurso de Nuzman e o precipício

Por Lucio de Castro

Faltavam dois dias para o fim dos Jogos Olímpicos de Pequim. Suficiente para definir o tamanho do Brasil em Olimpíadas. Mais uma vez a desproporção entre o dinheiro disponível para o esporte olímpico verde e amarelo e resultados se desenhava enorme. (Dinheiro estatal em sua maior porcentagem e abundante desde 2001 com a lei Agnelo/Piva, com estimativa de R$ 145 milhões em 2012. A maior parte gasta no custeio de viagens de intercâmbio para atletas em competições. Leia-se passagens compradas na agência...você sabe...).

Salvo evoluções pontuais aqui e acolá para confirmar a regra ou histórias de heroísmos isolados, um atestado de fracasso no projeto de transformar o Brasil em potência olímpica. 

Aqui abro um breve parêntesis: em 2003, a convite de José Trajano, trabalhando ainda no jornal O Globo, participei de um Bola da Vez, na ESPN, com Carlos Arthur Nuzman. Minha primeira pergunta foi sobre uma promessa dele ao assumir o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em 1996, quando garantia que em 8 anos seriamos uma potência olímpica. Perguntei o óbvio: oito anos depois, já somos uma potência olímpica, a promessa está cumprida? Não me lembro a resposta exata, mas tenho visto que o prazo agora é 2020.

Voltando no tempo para 2008 e no espaço para Pequim, lembro-me de um esbaforido proxeneta passando no corredor do estúdio em que eu estava e dando o recado para todos ali: era preciso bater no ponto do despreparo psicológico dos nossos atletas. O povo brasileiro tinha problemas na hora de decidir. Liguei os fios. Tinha lido algo sobre um pronunciamento de Nuzman exatamente igual naquela tarde. Defendia que seria preciso repensar a questão da preparação psicológica. Que todas as condições tinham sido dadas para a preparação, mas na hora de decidir os brasileiros falhavam. Repetindo sempre que o modelo de atleta a ser seguido é Robert Scheidt. Merecida lembrança, mas por que não Ademar Ferreira, Joaquim Cruz ou Romário, o favelado do Jacarezinho, frio como o aço na hora da decisão?

Faltavam poucos minutos para entrar no ar. Fiquei ali ligando os fios, conectando o aconselhamento de opiniões do proxeneta com o discurso de Nuzman naquela tarde. Estava claro. Existia um discurso 
pensado e construído para justificar a desporporção absurda entre os resultados do Brasil e o dinheiro investido. E o culpado tinha nome. Como o comissário corrupto de Casablanca, a ordem era prender os suspeitos de sempre: o povo brasileiro, o Zé Povinho, para eles a sub-raça, os incapazes psicologicamente.

Lembro como se fosse hoje que entrei no programa com um nó no estômago. Uma estratégia cínica demais. Fiz a única coisa que me cabia naquele momento: falei sobre a estratégia cínica e mentirosa que estava sendo montada. Botar a culpa de mais um ciclo olímpico abaixo do dinheiro existente na fragilidade e falta de estrutura dos mestiços, os impuros vindos dos negros e índios. Os Scheidts e afins, com sangue sem mistura, estavam a salvo da fraqueza juvenil nossa na hora de decidir. Falei que aquilo era cínico e não era aceitável. Ao fim daquela noite, ainda que com o embrulho travando até a garganta, dormi a noite do Oriente em plenitude. Não estou certo de que o proxeneta apto a repetir a voz do dono possa ter feito o mesmo.

Quatro anos depois, me assusta ver que o filme se repete. O discurso está pronto. Prudentemente posto em prática antes do apito soar na charmosa Londres. Nuzman tem passado sempre pela questão da “necessidade de maior preparação psicológica para nossos atletas”. E repetido sempre que “todas as condições foram dadas”. No cínico argumento que omite a vida escolar dos nossos atletas. A história de cada um antes de se tornar, sempre por esforço próprio, em atleta de alto nível. Omite que o esporte aqui ainda está longe de ser prática sistemática desde o mais tenro banco escolar. Omite que o esporte deve ser pensado como instrumento e promoção de saúde e educação, prática massiva desde os primeiros passos escolares. Sem o qual jamais seremos a tal prometida potência olímpica. Preparem-se. Em poucos dias provavelmente o tema vai voltar. Na equação que não se explica e traduz algo de muito errado, quando o volume de dinheiro aumenta e o Brasil não evolui na mesma proporção enquanto país olímpico, o resto é o discurso cínico de botar o peso no ombro da mestiçada.

Como farsa, como a história sempre se repete, bem sabemos. O discurso não é novo. Muito pelo contrário. Essa gente miscigenada e mestiça é incompatível com o êxito desde sempre na cabeça de alguns. Fracos mentalmente. Incapazes. O final do século XIX e início do XX talvez tenha sido o período mais explícito desse pensamento. Silvio Romero e outros defendiam com todas as letras o “clareamento” do nosso povo para que pudéssemos, a longo prazo, já livres dos traços negróides, sermos equivalentes aos então superiores. Modelos do que pensavam como sociedade para o Brasil. Como vemos, muitos tem nostalgia desse discurso. 

Meu bom amigo e grande historiador Luiz Antônio Simas costuma repetir em suas brilhantes aulas e palestras que “imigração aqui foi coisa de branco. Negro só podia chegar aqui de navio negreiro”. Por todas essas convicções acima citadas. Que perduram e são muletas perfeitas para justificar o fracasso e as incompetências. 

Contem os dias. O discurso está pronto. Em poucos dias veremos o debate sobre “a fraqueza de brasileiros na hora de decidir”. Tendo como maior arauto, Carlos Arthur Nuzman, seguido pelos proxenetas sempre aptos a repetir a voz do dono.

Ele, Carlos Arthur Nuzman, que em recente perfil na Revista Piauí, foi categórico ao responder a seguinte pergunta:

“Com quem o senhor pularia de um precipício de olhos fechados?”

Resposta: “O Havelange certamente é um deles”.

Bom, Havelange já foi pulou do precipício. Ou melhor, foi pulado com uma forcinha da justiça. Entregue aos crocodilos, para desespero de tantos proxenetas, envolto na confirmação de corrupção, despencado morro abaixo.

Conforme o prometido, vai encarar solidariamente o precipício, Nuzman? Ou quem sabe, assim como o amigo, aguardar alguma forcinha?


Do ESPN.com.br
Lúcio é carioca, formado em História e Jornalismo. Conquistou os principais prêmios de jornalismo: Embratel (2003 e 2006), TV Globo (2005,2006 e 2009) Anamatra Direitos Humanos 2009, Prêmio Direitos Humanos MJDH/OAB 2008 e 2010, Ibero-Americano (UNICEF-EFE) Fundación Nuevo Periodismo (dirigida por Gabriel Garcia Márquez) e Vladimir Herzog (2011)




COB faz bom planejamento e brasileiros não têm desculpas se falharem nos Jogos
Por Roberto Shinyashiki
Sexta-feira começam os Jogos Olímpicos. Na linguagem do esporte, agora quem pode mais, chora menos. Todo mundo já treinou o que tinha de treinar, estudou os adversários, fez a lição de casa. Agora é ter mente forte para enfrentar a pressão, que é muito grande.
Um dos aspectos mais importantes para atingir o máximo é assumir a responsabilidade por seu resultado. Se vencer, comemorar muito. Se perder, pegar para si a responsabilidade. Atleta que perde o controle emocional nestes dias que antecedem a competição começa a ficar irritado com tudo. É o calor que não deixa dormir, a comida que não tem feijão, o treinador que não avisou o horário do treino.
A mesma coisa pode acontecer com o treinador que perde o controle mental. Começa a ver defeitos no atleta, lembrar problemas do passado, falar que o atleta não escuta suas orientações. Tudo para ter o que dizer se algo der errado. Ou seja, no inconsciente, a derrota vai ficando mais perto do que a vitória.
Por tudo isso, não gostaria de ver reclamações durante as coletivas, pois atleta e treinador têm que ter a coragem de assumir a responsabilidade por sua performance na hora da competição. Temos que deixar de lado essa mania de colocar a culpa por nossos fracassos nos outros.
Alguns atletas precisam parar com a mania de se colocar como vítima do destino, pois esta posição não constrói uma carreira de sucesso. O passado não pode decidir o futuro de ninguém.
O trabalho desenvolvido por Marcus Vinicius Freire, superintendente executivo do COB, e sua equipe formada por executivos do mercado e medalhistas olímpicos, merece nosso aplauso. Fizeram um trabalho sensacional e proporcionaram o que os treinadores pediram para que seus atletas tenham sucesso em Londres.
O suporte à preparação está fantástico. Maurren Maggi quis se preparar em Madri, como faz todos os anos? Organizaram tudo o que ela precisaria em Madri. O pessoal do judô quis ficar fora da badalação? Montaram para eles uma estrutura em Shefield, a 200 km de Londres.
Os atletas quiseram ficar em Londres, mas sem a badalação da Vila Olímpica? Montaram para eles um centro de treinamento no Crystal Palace. A equipe de futebol quis cuidar da sua estrutura? Deixaram que eles tivessem total liberdade.
O vôlei de praia quis treinar no Crystal Palace? Montaram uma quadra com a mesma areia da quadra oficial, com o mesmo posicionamento da quadra, para não ter surpresas com relação ao sol. O pessoal da natação quis treinar com os blocos oficiais? Compraram os blocos e deixaram a piscina com as mesmas condições dos Jogos.
Tem atleta que não se alimenta direito porque estranha a comida? Levaram a chefe Roberta Sudbrack para fazer a comida brasileira, com o nosso tempero. Ainda levaram uma equipe de ciência do esporte, uma das melhores do mundo, com todas as especialidades que se possa imaginar. Até o quiropata Plínio Barreto, que vai para sua quarta Olimpíada consecutiva, foi integrado à delegação.
Cada detalhe foi cuidado com profissionalismo, para que atletas e treinadores só se preocupem em treinar e fazer aquilo que se comprometeram a realizar. Agora não tem choro nem vela. É olhar para a meta e fazer o que foi treinado.
Neste momento, não há futuro ou passado. É fazer acontecer no presente olímpico, sem medo de ser feliz. E, principalmente, ter a coragem de assumir seus resultados. Enquanto os campeões decidem, planejam e realizam, os perdedores reclamam e dão desculpas.
PS: Chego a Londres nesta quinta para estar junto dos meus atletas do EC Pinheiros. Adrenalina pura!

do uol.com.br 
Roberto Schyniashiki é 
Psiquiatra com pós-graduação em administração de empresas. É autor de vários best-sellers e já vendeu mais de 6 milhões de livros

NOTA DO BLOG: Ao observar os dois posts, me peguei na análise de dois posicionamentos distintos, e ao ver a posição “sistemal” do popular Roberto Shinyashiki me peguei pensando no que o “sitema” provoca nos brasileiros....A sensação de que tudo caminha bem! E você o que achou da comparação? 


Ps: Foi uma dica do internauta FPFERA do Uol.
                     

terça-feira, 24 de julho de 2012

É ASSIM QUE SE FAZ!

Foto atualizada das obras no novo estádio do Grêmio

Aos poucos a "mídia" vem fazendo estardalhaço em torno das obras do Itaquerão.

Alguns veículos insistem em chamar o novo estádio paulistano de Arena Corinthians.

Mas o popular sempre acaba vencendo. Viu no que dá apoiar o sistema.

Entretanto mesmo calado, o Grêmio vem a passos largos adiantando sua obra, que já se encontra com 80% das obras concluídas.


Governo estadual se comprometeu a facilitar a movimentação no entorno do estádio. Foto: Camejo/Divulgação Governo estadual se comprometeu a facilitar a movimentação no entorno do estádio
Foto: Camejo/Divulgação

O projeto da Arena Grêmio, futuro estádio da equipe tricolor gaúcha, surpreendeu os secretários do governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Em encontro com executivos da Grêmio Empreendimentos (empresa gestora da Arena), diretores da construtora OAS e o presidente do clube, Paulo Odone, os funcionários reforçaram o compromisso com a questão da mobilidade em torno do estádio.

"Com a necessidade de Porto Alegre se firmar como a capital de eventos do sul do País, um empreendimentos dessa natureza nos dá outra perspectiva de futuro. Temos todo o interesse em ajudar para que o projeto se concretize," afirmou a secretária da pasta de Turismo, Abgail Pereira.

No projeto da Arena estão previstos 54 mil lugares e estrutura para, além de jogos de futebol, receber espetáculos e shows. O estádio será integrado a um complexo multiuso com um centro de convenções de 14 mil m², um hotel com 240 apartamentos, um shopping center, um centro empresarial e 5.300 vagas de estacionamento.

Segundo o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, o complexo terá também importância social.

 "Nos baseamos muito no estádio de Amsterdã, na Holanda. Lá, o Amsterdã Arena (do Ajax) promoveu uma transformação social muito grande no local onde foi construído. Não foi por acaso que o bairro Humaitá foi escolhido. Pensamos nessa região pensando no legado que a Arena deixará para a cidade", disse.

Parabéns ao Grêmio pela ousadia! E uma pena que a "mídia" prefira dar mais atenção aos projetos da cidade de São Paulo para a Copa de 2014, do que a um belo projeto como esse.

O sistema de construção está sendo nos mesmos moldes de que o Palmeiras utiliza para a nova arena Palestra. Será explorado pela OAS por 20 anos.

Belo projeto!

Em tempos de crise econômica, só dá pra fazer estádio assim! Ou não?


Mais informações
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arena_do_Gr%C3%AAmio


quinta-feira, 19 de julho de 2012

ESPECIAL OLIMPIADAS

FUTEBOL OLÍMPICO – UMA BREVE HISTÓRIA

Por Marcelo Abdul
editor do www.blogdoabdul.wordpress.com


Vamos recordar histórias do maior esporte do mundo nas Olimpíadas. Veremos que o futebol nos jogos teve em sua história  o mesmo início promissor como na Copa do Mundo,  mas  ao longo do tempo  se desviou por uma  linha paralela  totalmente diferente das disputas do esporte mais apaixonante do planeta.

1900 – O início

Após a realização da primeira Olimpíada da era moderna em Atenas pelo Barão de Coubertin em 1896, várias federações internacionais quiseram incluir suas modalidades nos jogos de Paris em 1900. O futebol que já ganhava força no início do século XX também almejou sua inclusão, mas a modalidade foi incluída apenas como esporte de demonstração em 1900 e 1904. Em ambas, os países eram representados por clubes. Em 1900 o Upton Park da Grã-Bretanha venceu o Club Française e venceu o torneio. Quatro anos mais tarde o Galt City FC do Canadá ganhou o título na Olimpíada de ST.Louis. Como eram esportes de demonstração nenhuma das equipes vencedoras ganharam uma medalha.

Somente em 1908 em Londres, o futebol foi incluído como esporte olímpico e o primeiro campeão foi a Grã-Bretanha que derrotou a Dinamarca por 2 x 0. Em 1912, em Estocolmo, britânicos e dinamarqueses repetiram a final e os atletas da terra da rainha se sagraram bicampeões pelo placar de 4 x 2. Depois de mais algumas participações, os britânicos não puderam mais participar do torneio olímpico de futebol. O COI não aceitava a participação de seleções regionais (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) como a Fifa. Por causa disso, o Reino Unido desistiu do futebol nas olimpíadas e somente em 2012 na Olimpíada de Londres os britânicos voltarão a ter uma seleção unificada.

Anos 20 – A consagração da Celeste Olímpica
Uruguai, ouro em 1924: a primeira revolução do futebol
Pergunte a qualquer uruguaio: Quantos títulos mundiais vocês tem? A resposta vem na ponta da língua: quatro. Não fique espantado caro leitor. Afinal de contas a Copa do Mundo começou a ser disputada em 1930. Antes disso o único torneio mundial oficial entre seleções eram os jogos Olímpicos. Em 1924 e 1928 uma seleção vestida de azul celeste assombrou o mundo do futebol. Nos jogos de Paris em 1924, os europeus acostumados a um futebol duro e sem uma técnica apurada se surpreenderam com o estilo uruguaio de jogar. Com toques rápidos e refinados e uma técnica nunca vista o Uruguai estreou no torneio olímpico massacrando a Iugoslávia por 7 x 0.
O velho continente pensava que a seleção do Rio da Prata era formada por apenas meros “malabaristas” e que derrotá-los seria uma brincadeira. Se enganaram.
Os donos da casa sentiram essa força ao serem goleados por 5 x 1 pelas quartas de final.
O impacto que os uruguaios deixaram na terra de Napoleão foi tão grande que os franceses passaram a copiar o estilo uruguaio de jogar a partir dali. Ao longo da história, os “le bleus” aprenderam bem a lição de casa conquistando títulos com um estilo ofensivo e bastante técnico. Inclusive sendo conhecidos como a seleção mais “sul-americana” na Europa. O Uruguai venceu facilmente a Suíça na final por 3 x 0 e ganhou medalha de ouro, deixando uma legião de fãs e admiradores no mundo inteiro.
Em 1928 em Amsterdã o time de “manco” Castro, Nasassi e Leandro Andrade, Cea e Scarone tinham um adversário à altura: os seus vizinhos argentinos. Na estréia A Argentina goleou impiedosamente os EUA por 11 x 2, a Bélgica por 6 a 3 e o Egito por 6 x 0. Os sul americanos passearam em gramados holandeses. O Uruguai venceu a Holanda por 2 x 0 e a Alemanha por 4 x 1. Na semifinal venceu a Itália num jogo duríssimo por 3 x 2. Os dois times da América do Sul fariam a final da Olimpíada e como se esperava,o jogo foi equilibrado e acabou empatado em 1 x 1. Naquela época não existia prorrogação e pênaltis e foi marcado um jogo extra 3 dias mais tarde. Em outra partida muito bem disputada o Uruguai venceu por 2 x 1 e faturou a sua segunda medalha de ouro consecutiva. Nascia a “Celeste Olímpica”, apelido que a seleção uruguaia ostenta até os dias de hoje.
Dois anos mais tarde argentinos e uruguaios fariam a final da primeira Copa do Mundo realizada no Uruguai e com a vitória da seleção celeste. Se contarmos o título mundial de 50, são quatro conquistas internacionais importantes que os uruguaios consideram como quatro títulos mundiais. O atual escudo da Associação Uruguaia de Futebol tem quatro estrelas acima do distintivo, o que prova a devoção e a paixão que as seleções olímpicas de 1924 e 1928 deixaram no país. Somente em 2004 (77 anos mais tarde) uma seleção sul americana conseguiu um ouro olímpico. Por coincidência, uma final sul-americana entre Argentina e Paraguai. Finalmente os argentinos faturaram o ouro com uma magra vitória de 1 x 0. Em 2012, depois de oitenta e oito anos, o Uruguai volta a disputar uma medalha olímpica em Londres

No começo dos anos 30 até o final da “guerra fria” entre Estados Unidos e União Soviética o esporte se transformou radicalmente. O espírito de competição amistosa celebrado pelo Barão de Cobertin passou a ser usado como massa de manobra e propaganda política. A partir desse momento a modalidade do futebol nas Olimpíadas traçou uma linha paralela de outras competições oficiais da Fifa. O engradecimento da Copa do Mundo e a falta de interesse da entidade em fortalecer o torneio olímpico também contribuíram para que o futebol nas Olimpíadas se tornasse menos glamouroso com o passar do tempo. Nem por isso, grandes esquadrões deixaram de ser formados. Pelo contrário. Muitos campeões olímpicos desse período formaram grandes seleções e se destacaram em Copas do Mundo.

1936 – O domínio da Azzurra


Itália: campeã olímpica e mundial durante o fascismo
Em 1936 a Olimpíada teve seu momento máximo como propaganda política. A Alemanha nazista conseguiu sediar os jogos em sua capital Berlim. A conquista olímpica no futebol era uma prioridade para a máquina de propaganda do terceiro Reich. Os alemães começaram bem na competição com uma goleada de 9 x 0 contra a fraquíssima seleção de Luxemburgo, mas a festa alemã acabou com uma derrota para a Noruega por 2 x 1. Entretanto, outro país com um regime totalitário ganhou o ouro olímpico. A Itália campeã mundial de 1934 e dirigida pelo mesmo técnico Vitorio Pozzo venceu a competição após derrotar a Áustria por 2 x 1. Com o bicampeonato mundial em 1938 e a ausência forçada do Uruguai, os italianos se tornaram a maior potência futebolística nos anos 30.

1952 – 1980 – A Era da Cortina de Ferro

URSS, ouro em 1956: Domínio socialista
Com o final da segunda guerra mundial o mundo ficou polarizado entre duas potências políticas e bélicas: Estados Unidos e União Soviética. Mais uma vez o esporte foi usado por americanos e soviéticos, como propaganda política e o futebol olímpico sofreu drasticamente com essas mudanças.
Para os países ocidentais era difícil rivalizar com o “amadorismo” das seleções da cortina de ferro, já que nessas nações não existia o profissionalismo. No futebol pelas regras do COI, somente atletas amadores poderiam disputar um torneio olímpico. Para os países comunistas era uma barbada, pois os seus atletas apesar de considerados “amadores” eram experientes e disputavam os principais campeonatos nacionais e torneios continentais pelos seus clubes, muitas vezes financiados pelos governos socialistas da Europa. Em contrapartida os países ocidentais traziam jogadores jovens e inexperientes para a disputa, pois além do desinteresse dos clubes em ceder seus atletas para uma disputa olímpica, as regras do COI deixaram tradicionais seleções como Brasil, Itália e Alemanha de mãos atadas.
O que se viu nesse período foi um domínio absoluto dos países do leste europeu no futebol olímpico de 1952 até 1980. Uma contradição já que em Copas do Mundo com atletas profissionais, os países da cortina de ferro só chegaram ao máximo a duas finais de um Mundial (Hungria – 1954 e Thecoslováquia em 1962). Formou-se um elo contraditório no mundo do futebol, o que contribuiu e muito para o enfraquecimento da modalidade nos jogos olímpicos. A era da cortina de ferro acabou em 1984 com o boicote comunista nas Olimpíadas de Los Angeles e a medalha de ouro vencida pela França. Em 1988 a União Soviética venceu a final, mas foi o último suspiro. Com o fim da União Soviética em 1991 as novas regras do COI, os países ocidentais retomaram o domínio do futebol nas Olimpíadas. Apesar disso, algumas seleções campeãs olímpicas deixaram seu lugar na história do esporte mais popular do mundo.


Hungria – 1952

Hungria de 1952: "O time de ouro"
O “time de ouro” que encantou o mundo na Copa de 1954 começou a sua jornada na Olimpíada de Helsinque em 1952. O esquadrão formado por Puskas, Hidegkuti, Kocsis e Zibor tiveram uma atuação espetacular em campos finlandeses. Depois de massacrar Turquia e Suécia (7 x 1 e 6 x 0 respectivamente), os húngaros derrotaram a Iugoslávia por 2 x 1 e ganharam a medalha de ouro. Em 1964 e 1968 os húngaros repetiram a façanha e até hoje são os maiores campeões olímpicos no futebol.

Polônia – 1972

Ouro em Munique: cartão de visitas de Lato e cia.
Se a Hungria não tem uma quarta medalha de ouro no futebol, a responsável direta é a seleção polonesa que venceu os húngaros na final por 2 x 1 com dois gols do atacante Deyna. Pouco tempo depois o mesmo atleta mais o atacante Lato participariam da grande campanha polonesa na Copa de 1974, que se iniciou nas eliminatórias desclassificando a Inglaterra em pleno estádio de Wembley e terminou com a terceira colocação do mundial com apenas 1 derrota. Para muitos a melhor seleção polonesa de todos os tempos.


A extinta Alemanha Oriental: Ouro em 1976

Lista dos campeões olímpicos de futebol da era da cortina de ferro
1952 – Hungria
1956 – URSS
1960 – Iugoslávia
1964 – Hungria
1968 – Hungria
1972 – Polônia
1976 – Alemanha Oriental
1980 – Thecoslováquia
1988- URSS

1984 – O ouro é francês


França: Primeira campeã fora da cortina de ferro depois de 36 anos
Devido a invasão soviética no Afeganistão em 1979. vários países ocidentais boicotaram as Olimpíadas de Moscou. Quatro anos mais tarde, os países dos bloco socialista liderados pela União Soviética deram o troco e se recusaram a participar dos jogos de Los Angeles. Melhor para várias nações do oeste que não tinham a menor chance de disputar uma Olimpíada frente a frente com os “amadores” países socialistas. O torneio olímpico de futebol foi um reflexo. Várias potências do futebol internacional começaram a se destacar na disputa como Brasil, França, Alemanha Ocidental. Somente a Iugoslávia que se recusou a participar do boicote soviético se deu bem  e conquistou a medalha de bronze. Pela primeira vez desde 1948, o mundo assistia a uma decisão do futebol olímpica sem os países da cortina de ferro. Os candidatos ao ouro foram  a jovem França contra o time do Brasil representado pelo bom time do Internacional de Porto Alegre.
Os “Le Bleus”, mais tranquilos e menos deslumbrados venceram o time brasileiro por 2 x 0, que tinha entre seus jogadores um certo Dunga, que mais tarde viria a ser o capitão da seleção brasileira no título mundial de 1994 e o treinador do Brasil nas olimpíadas de Pequim em 2008.

1992 – 2000 – A vez da Fúria e a curta “era africana”

Espanha de Guardiola: Ouro em 1992
Com o fim da União Soviética e do bloco do socialista em 1991, finalmente outros países teriam a chance de arrebatar a medalha de ouro no futebol. Na Olimpíada de Barcelona a seleção espanhola ganhou a medalha de ouro ao derrotar a Polônia por 3 x 2. Na disputa do bronze, a seleção de Gana venceu a Itália e pela primeira vez na história olímpica, uma seleção da África negra ganharia uma medalha no futebol. A ascensão dos países da área central e leste da África não veio por acaso. No final dos anos 80 e começo dos 90 as seleções africanas ganhavam títulos mundiais nas categorias sub-17 e sub-20. A seleção de Camarões encantou o mundo na Copa de 1990 após vencer a Argentina no jogo de estréia por 1 x 0 e ser derrotada pela Inglaterra num jogo épico por 3 x 2.


Nigéria em 1996: A consagração africana

Com o tempo surgiu boatos de que essas seleções adulteravam a idade dos seus atletas nas competições de categorias inferiores, incluindo a Olimpíada. Coincidência ou não a Nigéria ganhou a medalha de ouro em Atlanta em 1996, após uma virada sensacional contra o Brasil na semifinal. Na disputa da medalha de ouro os africanos venceram a Argentina por 3 x 2 num jogo polêmico. A partida estava empatada em 2 x 2 e tudo indicava que a peleja iria para a prorrogação. Mas após um levantamento na área dos africanos, os argentinos resolveram fazer a chamada “linha burra” e deixar o atacante Amunike em impedimento. Mas o árbitro da partida não assinalou nada e o lance continuou com um gol aos 45 minutos do segundo tempo adiando o sonho do ouro olímpico portenho.
Novas regras foram estabelecidas na modalidade em Atlanta. Três jogadores de cada seleção com mais de 23 anos poderiam jogar nas olimpíadas. Inclusive, os que já participaram de Copas do Mundo. Sem dúvida um estímulo ao esporte que seguia bastante esvaziado com a ausência de grandes craques. Apesar da resistência da Fifa que tinha Copa do Mundo como grande xodó e temia o sucesso do torneio olímpico, as novas regras foram bem aceitas.


Camarões em 2000: A soberania
Em 2000 na Olimpíada de Sydney mais uma seleção africana deixaria sua marca. A seleção de Camarões ganhou a medalha de ouro ao vencer a Espanha nos pênaltis por 5 x 3 após um empate de 2 x 2 no tempo normal. O time tinha grandes jogadores como Samuel Eto´o e Patrick Mboma. Entretanto, a campanha da seleção camaronesa nos jogos não foi uma das melhores. Uma vitória apertada contra o Kwait por 3 x 2, seguido pro dois empates de 1 x 1 contra EUA e República Tcheca. Somente depois da incrível vitória contra o Brasil nas quartas de final, o time embalou e conquistou o título olímpico.
Coincidência ou não, com a nova lei da Fifa sobre o registro de jogadores, o domínio africano desapareceu tanto nas categorias inferiores como nas Olimpíadas. Em 2004 , Tunísia e Gana não passaram nem da primeira fase e a seleção de Mali perdeu da fraca seleção italiana por 1 x 0 nas quartas.


2004 – 2008 – Domínio Hermano

Argentina: Primeiro ouro depois de 52 anos
Depois de oitenta anos outra seleção sul americana iria dominar o futebol olímpico: a Argentina. Medalha de prata em 1928 e 1996, os platinos assim como os brasileiros buscavam a sua primeira medalha de ouro. Os “hermanos” já davam o ar da graça com seguidos títulos da categoria sub 20. Em Atenas, o agora consagrado treinador Marcelo Bielsa levou um time jovem, porém experiente e rodado em disputas continentais. Um dos astros do time era Carlitos Tévez, campeão da Libertadores com o Boca Juniors no ano anterior.
A campanha em terras gregas foi arrasadora. Começou com uma goleada sobre a Sérvia e Montenegro por 6 x 0, vitórias sobre Tunísia e Austrália e novas goleadas contra Costa Rica e a Itália na semifinal. Apesar da vitória magra contra o Paraguai por 1 x 0. O primeiro ouro argentino em Olimpíadas depois de quase 52 anos foi uma barbada.
 
Com Messi a Argentina fatura o segundo ouro: domínio platino

Quatro anos mais tarde dirigidos pelo técnico Sergio Batista, a Argentina repetiu a campanha vitoriosa na China. Com um trio formado Messi, Aguero e Di Maria, os portenhos mais uma vez não tomaram conhecimento de seus adversários. Eles passearam novamente na primeira fase e somente encontraram alguma resistência nas quartas de final contra a Holanda. Na semifinal contra o seu arquirrival Brasil todos esperavam uma partida complicada, mas não foi o que aconteceu. Os argentinos fizeram uma grande partida na semifinal e humilharam a seleção brasileira com estrondosos 3 x 0. Na final uma vitória magra e ainda por cima a devolução da derrota de 1996 contra a Nigéria por 1 x 0. A Argentina repetiu o feito do Uruguai com duas medalhas de ouro consecutivas. Finalmente,  um domínio técnico depois de anos de picaretagens e artimanhas políticas.

1996 -2008 – A vez das mulheres e a supremacia americana


Supremacia Americana: Três ouros
A partir de 1996 o futebol feminino foi aceito como esporte olímpico. Com o recente sucesso dos mundiais da Fifa em 1991 e 1995, a inclusão das mulheres no futebol olímpico era só uma questão de tempo. Sem o problema crônico da chiadeiras dos clubes em relação a liberação de suas atletas, o futebol feminino sempre teve as melhores profissionais em gramados olímpicos.
Em 1996 os Estados Unidos conseguiram o ouro lideradas pela meia Mia Hamm com uma vitória sobre a China por 2 x 1.
Em 2000 nas Olimpíadas de Sydney o sonho do bi americano foi interrompido por uma derrota contra a Noruega por 3 x 2 num jogo emocionante.
Em Atenas 2004 as estadunidenses foram para a sua terceira final olímpica seguida contra o Brasil de Marta, considerada uma das melhores jogadoras de futebol de todos os tempos.
As americanas conseguiram novamente o ouro graças a uma atuação medonha de vergonhosa da árbitra Jenny Palmqvist. O Brasil foi melhor, mas pecou pela inexperiência e falta de apoio de sua entidade.
Em 2008 em Pequim, americanas e brasileiras repetiram a final de Atenas, e novamente os Estados Unidos derrotaram o time de Marta por 1 x 0.
Três ouros e uma prata. Um domínio completo da modalidade das estadunidenses até agora.

Brasil: Apesar de 2 pratas, falta apoio
O futebol passou por muitas mudanças durante quase um século. Mesmo com uma história paralela ao Mundial da Fifa e outros torneio internacionais, o torneio olímpico de futebol foi e continuará sendo uma fábrica de heróis e vilões, de disputas históricas e emocionantes. De vencedores que nunca serão campeões do mundo e de vencidos que se consagrarão. Daqui há algumas semanas, mais um capítulo dessa centenárias história, muito mais velha do que a Copa do Mundo será escrita. Que venha Londres 2012.




Marcelo Abdul é parceiro deste espaço.

terça-feira, 17 de julho de 2012

UM BRASIL BRASILEIRO

Lebron passa pela forte marcação de Alex


Por Fabio Balassiano

Ao contrário da seleção feminina, a equipe dos rapazes fez muito, muito bonito contra os Estados Unidos.

Perdeu, é verdade, por 80-69, mas jogou de maneira acertada em termos táticos e teve momentos inclusive de superioridade em relação a um rival reconhecidamente mais forte (são os melhores do mundo, é sempre bom lembrar).

Ah, e mais uma vez o time de Rubén Magnano (foto) não levou mais de 80 pontos (já são oito jogos assim na preparação pra Londres).

O Brasil venceu o primeiro período por 27-17, mas cansou, sentiu falta de Marcelinho Huertas (conforme já disse aqui, o time cai demais sem seu armador titular – e é bom ficar atento a isso em Londres, pois irá acontecer), e perdeu o segundo período por 20-5 (37-32 na primeira etapa portanto).

No segundo tempo, o panorama se manteve – a seleção de Magnano teve bom volume, bons momentos, mas principalmente quando o revezamento norte-americano veio, o placar abriu um bocado.

De todo modo, o saldo é bem, bem positivo.

 O Brasil jogou muito tempo de igual pra igual contra os melhores do mundon(43-37 na segunda etapa, gente!), teve ótima defesa, não permitiu muitos rebotes ofensivos e tratou bem a bola quando teve Huertas em quadra (e é bom lembrar que a formação Huertas-Taylor funcionou muitíssimo bem novamente).

Insisto: não sei se bem medalha, mas o time está pronto para as Olimpíadas.


do balanacesta.blogosfera.uol.com.br

domingo, 15 de julho de 2012

REFLEXOS DE MENTIRAS MAL CONTADAS



O ministro da propaganda nazista de Hitler decretou que uma mentira contada cem vezes se tornaria uma verdade.

Era uma arriscada ação de controlar e enganar a massa, que aceitaria assim, todas as crueldades cometidas pelo regime nazista imposto à Alemanha e ao mundo.

A mídia brasileira vem se utilizando desse argumento há algum tempo.

E tem conseguido um aproveitamento espantoso.

É a massa brasileira que se interessa mais em saber o acontecerá com o Tufão e a Nina da vez, do que com quem é o substituto do Demóstenes no senado. Mas fazer o quê?

Aqui eu grito e teclo na esperança de que o povo de bem ouça.

Mas eu separei algumas mentiras recentes para analisar o resultado. Vamos a algumas:

"Não sei quem vai se dar melhor, o Adriano ou o Luís Fabiano. Acho que é o Adriano, porque ele já treinou bem e fez gols, já o Luis...." Qualquer integrante do programa Jogo Aberto da Band quando da contratação dos dois centroavantes.

"O Corinthians nunca ganhará a Libertadores!" As torcidas rivais.

"O Neymar é mais completo que o Messi". Pelé.

"Tenho uma fonte segura... o Seedorf já acertou com o Corinthians!" Neto, apresentador e comentarista de tv.

"A rotativade de poder é salutar e necessária para uma grande administração, aqui no São Paulo é assim!" Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo.

"Faremos uma Copa maravilhosa! Eu garanto!" Ricardo Teixeira, então presidente da CBF.

"O Ricardo só sai da CBF o dia em que o sargento Garcia prender o zorro!" Andrés Sanches, famoso comediante brasileiro.

Reflita e analise a sua preferida, ou você tem uma nova? Participe!

Atualizado em 17/7;
INCRÍVEL!!!
http://www.forbes.com/sites/ricardogeromel/2012/07/17/corinthians-the-only-billionaire-soccer-club-in-brazil/
Todos os sites estão bombando uma matéria escrita por um usuário, que repercute exatamente a pesquisa da BDO RCS.
Estão afirmando ser uma matéria escrita pela pesquisa Forbes.
O autor do texto é o colaborador Ricardo Geromel, (abaixo trecho retirado do próprio site da Forbes)
Ricardo agora está cobrindo Bilionários com a nossa equipe de riqueza no escritório em Manhattan. Tips and story ideas are more than welcome, reach him at rgeromel@forbes.com Dicas e idéias para histórias são mais que bem-vindos, chegar-lhe às rgeromel@forbes.com
For over a year Ricardo has covered global economic issues with a focus on Brazil, where Ricardo was born and raised. Por mais de um ano Ricardo cobriu questões econômicas globais com foco no Brasil, onde Ricardo nasceu e cresceu.
Ricardo has worked in five continents in different sectors: as agricultural commodities trader for Noble Group, Asia's largest diversified commodities trading company, in Hong Kong, Switzerland, Brazil, Argentina, Paraguay, and Uruguay. Ricardo já trabalhou em cinco continentes em setores diferentes: como trader de commodities agrícolas para o Grupo Noble, a maior da Ásia empresa comercial diversificada de commodities, em Hong Kong, Suíça, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. He also worked as project manager in Guinea Conakry for Bolloré Group, a French conglomerate that operates the most extensive integrated logistics network in Africa, responsible for Brazilian accounts such as Vale and Odebrecht. Ele também trabalhou como gerente de projeto na Guiné Conakry para Bolloré Group, um conglomerado francês que opera a rede logística mais ampla integrada na África, responsável por contas de brasileiros, como Vale e Odebrecht. Ricardo has also worked in Beijing, China. Ricardo também trabalhou em Beijing, China.
Fluent in five languages and struggling to learn Mandarin, Ricardo holds a bachelor's degree in business management from Fairleigh Dickinson University, New Jersey and has studied towards a Masters in Management at ESCP Europe, in Paris. Fluente em cinco idiomas e se esforçando para aprender o mandarim, Ricardo é bacharel em administração de empresas da Fairleigh Dickinson University, New Jersey e estudou para o Mestrado em Gestão na ESCP Europe, em Paris.

NOTA DO BLOG:  Como eu sublinhei, qualquer um pode mandar idéias de matérias sobre bilionários para o colaborador da Forbes (desde Julho de 2011), e como aqui tem muita gente interessada...Ele transcreveu exatamente a pesquisa tão discutida nos meios sociais brasileiros.
 Essa tem tudo para ser a "matéria" do ano!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

DIA DO ROCK!

Esse deveria ser o som que acompanharia a entrada do São Paulo no Morumbi! Vou começar uma campanha para o clube adotar esse som na sua entrada oficial em campo! Mais Rock'n Roll impossível! Feliz dia do Rock!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Curiosamente minha idéia já foi adotada por um pequeno clube da Alemanha, e é de arrepiar! http://roquereverso.wordpress.com/2011/03/10/st-pauli-o-time-mais-roquenrow-do-mundo/ Então agora devemos fazer uma campanha para escolher uma nova canção. Qual é a sua preferida?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

REI DE COPAS


PARABÉNS PALMEIRAS!

Pela brilhante conquista da copa do Brasil de 2012.


texto de Marcelo Abdul

Eis o Palmeiras!


Eis o Palmeiras, um time limitado tecnicamente, sem grandes estrelas em campo e com bastidores complicados em que o presidente, conselheiros e diretores querem se matar a cada minuto.


Eis o Palmeiras, um clube que desde 1973 não vence um título nacional sem a ajuda de um patrocinador forte como a Parmalat, que nos anos noventa colocou o Palestra no caminho das vitórias novamente.

Eis o Palmeiras, que há 14 anos não sabe o que é conquistar um título nacional e que viveu apenas um alívio de um título da série B em 2003 e um campeonato paulista de 2008 na última década.

Eis o Palmeiras, que mesmo com todos esses problemas e sofrimentos dos últimos anos, conquistou a Copa do Brasil pela segunda vez em sua história contra o Coritiba na noite de ontem.

Eis o Palmeiras, maior campeão nacional de todos os tempos com quatro campeonatos brasileiros, dois Robertões, duas Taças Brasil e duas Copas do Brasil.

Eis o Palmeiras de Felipão, um treinador vitorioso e guerreiro que tirou leite de pedra e fez seu time vencer um torneio invicto, quando muitos apostavam que não passariam nem da segunda fase.

Eis o Palmeiras, que joga algo muito parecido com futebol, que depende apenas de uma bola parada, manjada por muitos adversários, mas que mesmo assim não foi foi detida.

Eis o Palmeiras do capitão Marcos Assunção, a única e verdadeira estrela numa constelação de gladiadores vencidos e pseudo craques chilenos, que aguentou porrada durante dois anos e meio e ontem levou o seu clube de volta ao caminho das vitórias.

Eis o Palmeiras, retornando à sua grandeza, enfim campeão.


Marcelo Abdul é parceiro e colaborador desse espaço, e editor do www.blogdoabdul.wordpress.com

sábado, 7 de julho de 2012

CORTINA DE FOGO

Foto: Mário Angelo -AE
A Portuguesa sempre foi considerada o segundo time de todo paulistano, mas...

da Agência Record

Um ônibus da Portuguesa de Desportos foi queimado na madrugada deste sábado (7), na rua Cachoeira, na região do Catumbi, zona leste de São Paulo. De acordo com informações da PM, o ônibus da Lusa foi queimado e pichado com a sigla de outra torcida.


Homens do Corpo de Bombeiros foram acionados e apagaram rapidamente as chamas, que consumiam o veículo. Ninguém ficou ferido.

O ônibus estava estacionado em frente a uma oficina mecânica, por onde passaria por reparos. A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial. Até o presente momento nenhum suspeito do ato foi localizado.



NOTA DO BLOG: O que eu quero ver agora é ação do ministério público contra esses vândalos que agem em nome de organizadas(?). E quero ver a ação também da FPF e da CBF. Não quero ser injusto contra torcida A ou B, mas quem gosta de futebol profissional deve pedir o fim ou a reorganização social das atuais torcidas organizadas que se multiplicam pelo país da Copa de 2014. Detalhe, até poucas semanas atrás, o promotor de São Paulo cantava aos quatro cantos sobre o fim das mesmas...Ué, o que aconteceu?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

EXCLUSIVO: TOLÓI JÁ É DO TRICOLOR PAULISTA

Rafael Tolói chega para mudar a zaga tricolor 

De acordo com fontes seguras, meu primo que mora em Goiania.

O São Paulo acaba de acertar a contratação do zagueiro esmeraldino Rafael Tolói.

Se trata de um excelente zagueiro de 21 anos e 1,85m de altura. Rápido e seguro sempre foi apontado como uma das maiores revelações da história do Goiás.

Foi um dos principais destaques no vice campeonato da Sul-Americana de 2010.

Atuou em 176 partidas pelo Goiás e anotou 22 gols.

Pela seleção sub-20 fez 19 jogos e 1 gol.

Titular no Goiás desde 2008 (apesar da pouca idade) pode ser a solução para a defesa do São Paulo.

Acho uma excepcional contratação, e nas mãos do Ney Franco, pode vingar logo!

Boa sorte Tolói, porque se depender do futebol apresentado pela zaga do são paulo você vai precisar.

A VIDA IMITA A ARTE

Nesse caso o playstation....Kkkkkkkkkkkk


Parabéns ao Sport Club Corinthians Paulista, pelo título da Libertadores da América de 2012!


O Corinthians fez a festa no Pacaembú

FAÇO DAS PALAVRAS DO BIRNER AS MINHAS

Ney Franco é o novo treinador do São Paulo

Do Blog do Birner
Por Vitor Birner

Conhece o elenco

A contratação de Ney Franco é uma aposta inteligente do São Paulo.
O treinador de 45 anos conhece profundamente os jogadores em Cotia.
Só conseguiu realizar o trabalho vitorioso nas categorias de base da seleção brasileira porque frequentava os treinamentos dos jovens nos clubes grandes.
Precisava fazer isso para avaliar quem tinha condições de vestir a camisa do Brasil.
Chegará ao Morumbi ciente da capacidade dos atletas mais novos e dos que estão no CT da Barra Funda com Milton Cruz.

Moderno

O novo comandante são-paulino é uma espécie de antítese de Leão.
Não vai colocar o ego acima do clube, além de estudar futebol.
Tenta se manter atualizado a respeito das novidades táticas e da preparação física dos boleiros.
Já montou equipes bem-posicionadas e parece estar evoluindo profissionalmente.

Chance, necessidade e dificuldade

Terá, no Morumbi, a grande chance de subir alguns degraus na carreira.
Precisa vencer campeonatos importantes em algum time do porte do São Paulo para virar treinador de ponta.
Ao mesmo tempo, o clube necessita de conquistas porque viu Santos e Corinthians vencerem as duas últimas Libertadores enquanto fracassava na missão de voltar ao torneio.
A maior dificuldade para Ney Franco será acertar o time durante o brasileirão.
O campeonato é difícil, a equipe deveria ter sido preparada contras as fracas agremiações do chato paulistinha, mas jogou fora a oportunidade e agora começará quase do zero.
Diferentemente do que muitos pensam, o elenco do São Paulo, dentro dos padrões brasileiros, tem qualidade para ser vencedor
Está entre os 5 melhores do país.

Realidade para 2012

O são-paulino realista, racional, deve se dar por satisfeito se o time conseguir uma vaga na Libertadores da próxima temporada e Ney Franco reestruturar a equipe da maneira correta.
São passos fundamentais para o time voltar a ser vencedor.
Normalmente, essas coisas não acontecem do dia para a noite.
O último título da Libertadores e do Mundial, por exemplo, começaram com o Cuca em 2004. Sem ele, não teriam acontecido.

Explico

Não sou capaz de responder se Ney Franco vai ser o cara que dará ao São Paulo as conquistas que seus torcedores desejam.
Achei a aposta inteligente por todas as circunstâncias citadas no post, e porque o novo treinador são-paulino tem o perfil correto para iniciar a indispensável reestruturação tática do time.

Que fique claro

Obviamente, se o São Paulo tivesse contratado um treinador vencedor e experiente, eu não não teria usado a palavra aposta.

Simplesmente opinaria se a direção acertou ou errou.

Vitor Birner é um dos mais respeitados jornalistas esportivos do Brasil. E um dos inspiradores deste humilde blogueiro.

EXCLUSIVO: O "bom" zagueiro Rafael Tolói do Goiás, pode chegar ao Morumbi a qualquer momento.