![]() |
Ao lado do ex-presidente Jizhong Wei, Ary Graça (centro) assumiu a FIVB Foto: Carlos Delgado/iDigo/Divulgação |
O brasileiro Ary Graça Filho, presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) foi eleito o novo presidente da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) e terá de cumprir o papel de líder da entidade máxima do esporte por apenas 1 mandato, pois de acordo com o estatuto da FIVB, a idade máxima de um mandatário é de 75 anos. E Ary tem 69 anos.
É a segunda vez que o Brasil tem um representante máximo no comando de um esporte, a primeira vez foi com João Havelange que ficou no comando da FIFA por incríveis 24 anos (de 1974 a 1998).
Não quero fazer um paralelo entre os dois mandatários citados, mas o que mais causa estranhamento de minha parte é que mesmo sendo eleito presidente da entidade máxima do Vôlei, Ary não deixará a presidência da CBV.
Ele ficará temporariamente afastado, e a CBV será dirigida durante este período por Walter Pitombo Laranjeiras, presidente da Federação Alagoana de Vôlei, e vice da CBV há quase 30 anos.
Não há como maldizer o trabalho de Ary Graça em prol do vôlei brasileiro, em sua gestão o Brasil se tornou a maior potência do Vôlei mundial. Mas essa sua atitude deixa claro que a alternância do poder é necessária para o bem do esporte.
Mas a vontade de permanecer no poder é tão grande...
Ary Graça é presidente da CBV há 15 anos. Substituiu o atual presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que presidiu a CBV por longos 22 anos.
A separação do poder é uma luta difícil para esses dirigentes que há tanto tempo militam em favor do esporte brasileiro.
A separação entre o tempo e o poder, é a prova de que o Brasil ainda não é o país do futuro!