segunda-feira, 28 de março de 2011

QUANDO OS HOMENS SE TORNAM MITOS

Alguns passam a vida toda sonhando com algo humanamente impossível, outros esforçam-se para tornar real o que a improbalidade desafia. Para todo ser humano que desbrava estradas de conquistas, reservamos os lemas de honra e admiração.

Os homenageamos com as marcas que herdarão o tempo. Tais humanos tornam-se legendas e mitos.

O futebol há tempos deixou de ser algo meramente para o lazer, passou a ser assunto de discussões e teses sociais e psicológicas. Algo tão inusitado, cheio de paixão e movido por sentimentos de posse que quase sempre ultrapassam a barreira do aceitável. Um esporte tão encantador que estranhamente convive com a perigosa linha da sanidade e loucura.

Nesse meio altamente inflamável, existem homens cujas conquistas ultrapassaram as barreiras da improbalidade e eternizam-se. Entre eles destaca-se um jovem senhor chamado de goleiro, ou arqueiro, guarda redes, apanhador ou guarda metas. Reservo-me ao direito de chamá-lo de Rogério, simplesmente Rogério.

Rogério convive com as perseguições que a autoconfiança provoca em nossa cultura, é típico de nosso povo achar alguém que confia em si próprio arrogante. Ontem a história do futebol foi reescrita da forma mais cinematográfica possível, quis o destino que o maior rival (não inimigo) do goleiro fosse à vítima do centésimo gol.

A mitologia que agora foi ratificada em torno do arqueiro tricolor só engrandece a história do clássico majestoso. Um feito desses merecem aplausos e admiração à aquele que saiu do gol em direção a história, e se eterniza com um feito que tende aumentar.

Alguns podem se perguntar como o feito de Rogério se consolidou. A resposta deve ser trabalho e dedicação, pois é sabido que ele é o primeiro que chega e último que sai do clube. Nada é de graça na vida, não é a toa que a história é escrita.

O feito de Rogério o aproxima dos legendários homens que galgaram degraus de conquista. O olimpo do futebol, onde reina Pelé, tem mais um habitante. Não falo dos números do goleiro, pois os mesmos serão aumentados. Falo do homem que mesmo perseguido pela mídia não desistiu de acreditar que o impossível (um goleiro marcar cem gols) era questão de trabalho, confiança e tempo. Obrigado Rogério por permitir que eu participasse da história e presenciasse o que dificilmente se repitirá novamente. Mas não duvido, pois para os que se esforçam e acreditam o impossível é questão de tempo.

O arqueiro tricolor certamente deu um pequeno passo para o homem, mas deu um salto para a história. Parabéns Rogério Ceni. Quis o destino que até em seu nome existissem as letras CEN, de uma centena de gols.

Iniciais de uma centena de abraços, sorrisos e lágrimas da torcida sãopaulina.

3 comentários:

  1. BRILHANTE...VOU PASSAR AKI SEMPRE.VI SEU BLOG NO ODON

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  2. Vlew amigo, mas manda seu nome ou nick, mas brigadão. Abçs...

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  3. Ceni como poucos, é um dos jogadores mais fantásticos que o Brasil já teve. O goleiro que revolucionou verdadeiramente a posição. Sem as maluquices de Highita ou a arrogância estranbólica de Chilavert, Ceni é a prova viva da evolução da espécie. Não haverá ninguém como ele. Mas existirão muitos que irão imitá-lo. Aliás, eles já existem.

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