quarta-feira, 27 de abril de 2011

O ESTÁDIO QUE PODE SUBIR NO TELHADO

Dentre os tantos projetos prometidos para o duo copa/olimpíada que o Brasil recebe entre os anos de 2014 e 2016, um já subiu no telhado, o trem bala. Sonho e objetivo prático do ex-presidente Lula, deveria ser concluído até o início da copa em 2014, unindo por ferrovia as duas maiores cidades do país, o sonho de uma viagem romântica esbarrou na politicagem e desafios estruturais que uma obra deste tamanho necessita. O projeto ainda existe, mas foi adiado pra sei lá quando.


Agora o que causa calafrios no COL (comitê organizador local), grupo que se responsabiliza pela organização da Copa de 2014 e é presidido pelo também presidente da CBF (resultando assim num evidente conflito de interesses), é a situação do estádio que representará o estado mais rico da federação, São Paulo, na possível abertura da copa.

O CASO

projeto do Morumbi para 2014
Desde o anúncio oficial de que a copa 2014 viria para o Brasil, o estado de São Paulo, havia indicado o estádio do Morumbi para representar o estado como sede, mas divergências “estritamente” políticas deixaram a situação complicada. Inicialmente a FIFA exigiu do São Paulo Futebol Clube (clube proprietário do estádio em questão) um projeto de reforma que se adequasse ao padrão exigido pela entidade que comanda o futebol mundial, que variava em investimentos em torno de R$ 600 milhões de reais. O São Paulo apresentou um projeto que girava em torno de R$ 250 milhões, todo esse montante teria as garantias financeiras do Banco Bradesco (maior banco privado do Brasil, até então), e o total restante seriam financiados em longo prazo por uma linha especial de crédito, criada exatamente para os investimentos da Copa, negociada diretamente com o BNDES.

maquete do estádio em Itaquera
Porém os projetos do Morumbi foram seguidas vezes recusados. Passando assim a necessidade do governo e a prefeitura de São Paulo indicar o estádio oficial da sede paulista para 2014. Depois de algumas alternativas estudadas, foi indicado o projeto de um estádio na zona leste de São Paulo, mais precisamente em Itaquera.

O projeto passaria para responsabilidade do Corinthians, clube que detém os direitos de uso do terreno cedido pela prefeitura de São Paulo, desde 1988. Em uma parceria com a construtora Odrebecht, o clube paulista busca conseguir as garantias necessárias para a execução de um projeto que ainda não foi oficialmente apresentado e aprovado.

Porém o Corinthians está passando por uma extrema dificuldade de conseguir as garantias financeiras exigidas pelo governo federal para autorizar o empréstimo. Sem contar com a burocracia legal e alvarás que um projeto deste tamanho exige. O clube luta contra o tempo e se conseguir construir o estádio, já ficaria fora da Copa das Confederações 2013, teste oficial para a copa.

A dificuldade aumenta a cada dia, embora os organizadores e a mídia façam vistas grossas para a difícil situação do projeto que tanto faria a alegria dos torcedores do Corinthians.

A SITUAÇÃO

Segundo fontes seguras de Vagner Cardoso, correspondente do Rio Grande do Sul, conselheiros do Inter e Grêmio foram avisados (para assim evitarem maiores gastos em seus projetos para 2014) de que a FIFA já teria acionado o conselho administrativo da organização da Copa 2006, que aconteceu na Alemanha, e que haviam sugerido a rede hoteleira local, para que bloqueassem momentaneamente as reservas de quartos para o período entre maio e julho de 2014. E a Alemanha está de sobre aviso para a possibilidade de herdar o mundial de 2014, já que o mundial feminino de futebol de 2011 será também na Alemanha.

Em tempo, a copa de 1986 era para ser na Colômbia, mas foi transferida as pressas para o México.

O clubismo não pode servir de desculpa para a vergonha que podemos passar em 2014. O povo não deve brigar por um estádio, mas sim por uma causa, o bem do futebol brasileiro.

O problema pode ser muito maior do que a mídia esconde, ou não se interessa por divulgar, agora o PSDB, partido que governa o estado de São Paulo, sofre com a debandada de aliados e partidários e passa por uma incontestável crise interna. Entre os que se rebeliaram está o até então secretário de esportes do estado, o ex-deputado federal Walter Feldman, um dos maiores defensores do projeto COL/Corinthians, para a construção de uma nova arena em São Paulo, contando com o apoio das esferas públicas paulistas.

trecho da minha coluna PAPO DE TORCEDOR
publicada nesta semana no Informativo "Visão Gospel",
e do jornal Bom Dia Santa Isabel

2 comentários:

  1. Será q o estadio vai sair msmo, ou é so jodo de sena?

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  2. Bem Henrique, pode ser que sai, mas acho que naum vai abrir a copa. Se naum sair com tanta boa vontade pública, é muita incompetência.Vlew?

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